Se tudo na vida fosse simples teríamos resolvido esse impasse. Mas nunca é tão fácil... Vamos reparar nos detalhes que eu, como uma recente frequentadora do cotidiano do CEI, quero colocar agora.
Na parte 1, pela minha descrição o CEI é um local que acolhe, promove o desenvolvimento e, oferece segurança para a criança. ISSO É ÓTIMO!!!
Mas peraí! Não é assim que a criança deve se sentir em casa???
Tá ficando confuso??? Eu explico!
A questão 1 é que o lugar hoje que nossas crianças entendem como "abrigo" é a "escola" delas. Onde elas tem espaço, atenção, vez e voz. O "lar" mudou de lugar...
Isso não seria tão ruim se não fosse a questão da construção da identidade dessa criança. Em que se faz necessária a visualização dos papéis, inclusive para as próximas etapas de desenvolvimento.
Ela precisa desde os primeiros anos perceber "onde" é a escola, onde é a casa.
Ir construindo as representações e funções de cada papel: da família e da escola.
Perceber, sutilmente, a mudança de cada turma, cada ciclo, cada nova fase de seu crescimento... Assim quando chegar no tão prestigiado Ensino Fundamental ela já será capaz de compreender uma série de regras e combinados que se faz presente quanto se frequenta diversos grupos sociais.
Então, quando se propõe férias e recesso coletivos às crianças propomos à elas a experimentação de uma vivência que será constante em sua caminhada enquanto estudante.
Aquela que ensina a acompanhar a passagem do tempo. Que cada mês do ano tem um perfil, uma rotina, uma cara mesmo...
De perceber o que é um fim de semana, um feriado e a diferença das férias. Que só se caracteriza quando as crianças saem juntas, pois ao retornarem entenderão, inconscientemente, como as colegas se sentem.
Bom...
Lógico que esse é um motivo, dentre centenas, mas eu o elegi porque pra mim é um dos que mais considera a pessoa mais interessada, e alheia, a tudo isso: A criança.
Os adultos estão se descabelando, mas como sempre... Só pensando nos seus interesses...
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